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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Dom Casmurro



Dom Casmurro é um romance escrito por Machado de Assis em 1899 e publicado pela Livraria Garnier. Escrito para sair diretamente em livro, o que ocorreu em 1900 embora com data do ano anterior, ao contrário de Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba, escritos antes em folhetins, é considerado o último romance da "trilogia realista" de Machado de Assis, ao lado desses outros dois.

Seu personagem principal, Bento Santiago, é também o narrador da história que, contada em primeira pessoa, pretende "atar as duas pontas da vida", ou seja, unir relatos desde sua mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois momentos Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se torna o enredo central da trama. Sediado no Rio de Janeiro do Segundo Império, se inicia com um episódio que seria recente em que o narrador recebe a alcunha de "Dom Casmurro", daí o título do romance. Machado de Assis o escreveu utilizando ferramentas literárias como a ironia e uma intertextualidade que alcança Schopenhauer e sobretudo a peça Otelo de Shakespeare.

Ao longo dos anos, Dom Casmurro e seus temas como o ciúme, a ambiguidade de Capitu, o retrato moral da época e o caráter do narrador recebeu inúmeros estudos, adaptações para outras mídias e sofreu inúmeras interpretações, desde psicológicas e psicanalíticas na crítica literária dos anos 30 e dos anos 40, passando pelo feminismo na década de 1970 até sociológicas da década de 1980 e adiante. Creditado como um precursor do Modernismo e de idéias posteriormente escritas por Sigmund Freud, o livro influenciou os escritores John Barth, Graciliano Ramos e Dalton Trevisan e é considerado por alguns a obra-prima de Machado. Além de ter sido traduzido para outras línguas, continua a ser um de seus livros mais famosos e é considerado um dos mais fundamentais de toda a literatura brasileira.

Fotos de um dos ensaios do 2o.D:
 




 
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Capitães da Areia (2a. parte)

Este livro foi escrito na primeira fase da carreira de Jorge Amado, e nota-se grandes preocupações sociais. As autoridades e o clero são sempre retratados como opressores (Padre José Pedro é uma exceção mas nem tanto; antes de ser um bom padre foi um operário), cruéis e responsáveis pelos males. Os Capitães da Areia são tachados como heróis no estilo Robin Hood. No geral, as preocupações sociais dominam, mas os problemas existenciais dos garotos os transforma em personagens únicos e corajosos, corajosos Capitães da Areia de Salvador.


Mais fotos:





Mais dois videos de ensaios:





A apresentação da peça Capitães da Areia:
 
 
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Capitães da Areia



Os Capitães da Areia é um grupo de meninos de rua. O livro é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, via uma seqüência de reportagens e depoimentos, explicando que os Capitães da Areia é um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo, Don'Aninha. O Reformatório é um antro de crueldades, e a polícia os caçam como adultos antes de se tornarem um.

A primeira parte em si, "Sob a lua, num velho trapiche abandonado" conta algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia (o grupo chegava a quase cem, morando num trapiche abandonado, mas tinha líderes). Pedro Bala, o líder, de longos cabelos loiros e uma cicatriz no rosto, uma espécie de pai para os garotos, mesmo sendo tão jovem quanto os outros, que depois descobre ser filho de um líder sindical morto durante uma greve; Volta Seca, afilhado de Lampião, que tem ódio das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro; Professor, que lê e desenha vorazmente, sendo muito talentoso; Gato, que com seu jeito malandro acaba conquistando uma prostituta, Dalva; Sem- Pernas, o garoto coxo que serve de espião se fingindo de órfão desamparado (e numa das casas que vai é bem acolhido, mas trai a família ainda assim, mesmo sem querer fazê-lo de verdade); João Grande, o "negro bom" como diz Pedro Bala, segundo em comando; Querido- de- Deus, um capoeirista amigo do grupo, que dá algumas aulas de capoeira para Pedro Bala, João Grande e Gato; e Pirulito, que tem grande fervor religioso. O apogeu da primeira parte é dividido em, quando os meninos se envolvem com um carrossel mambembe que chegou na cidade, e exercendo sua meninez; e quando a varíola ataca a cidade, matando um deles, mesmo com Padre José Pedro tentando ajudá-los e se indo contra a lei por isso.

A segunda parte, "Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos", surge uma história de amor quando a menina Dora torna-se a primeira "Capitã da Areia", e mesmo que inicialmente os garotos tentem tomá-la a força, ela se torna como mãe e irmã para todos. (O homossexualismo é comum no grupo, mesmo que em dado momento Pedro Bala tente impedi-lo de continuar, e todos eles costumam "derrubar negrinhas" na orla.) Professor e Pedro bala se apaixonam por ela, e Dora se apaixona por Pedro Bala. Quando Pedro e ela são capturados (ela em pouco tempo passa a roubar como um dos meninos), eles são muito castigados, respectivamente no Reformatório e no Orfanato. Quando escapam, muito enfraquecidos, se amam pela primeira vez na praia e ela morre, marcando o começo do fim para os principais membros do grupo.

"Canção da Bahia, Canção da Liberdade", a terceira parte, vai nos mostrando a desintegração dos líderes. Sem-Pernas se mata antes de ser capturado pela polícia que odeia; Professor parte para o Rio de Janeiro para se tornar um pintor de sucesso, entristecido com a morte de Dora; Gato se torna uma malandro de verdade, abandonando eventualmente sua amante Dalva, e passando por ilhéus; Pirulito se torna frade; Padre José Pedro finalmente consegue uma paróquia no interior, e vai para lá ajudar os desgarrados do rebanho do Sertão; Volta Seca se torna um cangaceiro do grupo de Lampião e mata mais de 60 soldados antes de ser capturado e condenado; João Grande torna-se marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de capoeirista e malandro; Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista, vai se envolvendo com os doqueiros e finalmente os Capitães da Areia ajudam numa greve. Pedro Bala abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães da Areia e se torna um líder revolucionário comunista.

Algumas fotos:




Video de um dos ensaios:



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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Vidas Secas (2010) 2a. parte

No que diz respeito à estrutura, o livro apresenta treze capítulos, dentre os quais alguns podem até ser lidos em outra ordem (romance desmontável), que não a impressa no livro. Entretanto, alguns capítulos, como o primeiro, "mudança", e o último, "fuga", devem ser lidos nesta ordem. Esses dois capítulos reforçam a ideia de que toda a miséria que circunda os personagens de "Vidas Secas" representa um ciclo, em que, quando menos se espera, a situação se agrava e a família é obrigada a se retirar, repetidas e repetidas vezes.

A obra de Graciliano pode ser considerada um marco para a literatura brasileira, em especial o Modernismo Brasileiro, visto que há a implícita (e, em alguns casos, até explícita) crítica social a toda pobreza no sertão nordestino, que atinge uma boa parcela da população, e que, de fato, acaba por prejudicar todo o país, impedindo maiores desenvolvimentos. Há a tentativa, portanto, de se mostrar a desarticulação dessa região com o resto do país (um Brasil pobre dentro de todo o Brasil).

O próprio título da obra, se analisado corretamente, nos dará pistas importantes da mensagem que Graciliano quer passar: "Vidas" se opõe a "Secas" pois a primeira tem sentido de abundância, enquanto, a segunda, de vazio, de falta, configurando um paradoxo (ou "oxímoro", oposição de ideias resultando em uma construção de sentido ilógico). Além disso, denotativamente, o adjetivo "secas" se refere a "vidas", e, dessa forma, teria o sentido de que a família sofre com a seca. Por outro lado, conotativamente, pode-se relacionar aquele adjetivo a uma vida privada, miserável.

Mais fotos:






 PS: quem possuir o video dessa peça, peço que me mande, por favor.

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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Vidas Secas (2010)



Vidas Secas é um romance de Graciliano Ramos, escrito entre 1937 e 1938, publicado originalmente em 1938. O livro, narrado em terceira pessoa, aborda uma família de retirantes do sertão brasileiro condicionada a sua vida subumana, diante de problemas sociais como a seca, a pobreza, e a fome, e, consecutivamente, no caleidoscópio de sentimentos e emoções que essa sua condição lhe obriga a viver e a procurar meios de sobrevivência, criando, assim, uma ligação ainda muito forte com a situação social do Brasil hoje.

Durante o processo editorial do livro, Graciliano mostrou-se inteiramente cuidadoso com sua criação, frequentando a gráfica responsável pela elaboração do livro diversas vezes e examinando meticulosamente o material quando esse entrava no prelo, para ter a certeza que a revisão não interferiria em seu texto. Após sua publicação no Brasil em 1938, o livro circulou em território estrangeiro durante um bom tempo, sendo primeiramente lançado na Polônia e depois na Argentina, seguida por República Tcheca, Rússia, Itália, Portugal, França, Espanha e em outros. No Brasil, encontra-se em sua centésima sexta edição.

Por conta da consciência social que existe no conteúdo do livro, moldada através de uma estrutura dramática, o enredo tem sido analisado pelos críticos por meio da relação do homem com os meios naturais e sociais. De acordo com alguns especialistas, em Vidas Secas Graciliano contornou alguns estilos literários de sua época, o que lhe proporcionou pontos positivos no livro. Graciliano, por exemplo, foi cauteloso nas tradicionais ingerências do narrador opiniático e evitou o protesto ou o panfletarismo (que poderia usar, como outros autores da época, para criticar os aspectos sociais de seu país), o que certos críticos caracterizam como um "estilo seco, reduzido ao mínimo de palavras".

Vidas Secas figura entre os livros mais importantes da literatura brasileira, tendo ganhado, em 1962, o prêmio da Fundação William Faulkner (EUA) como livro representativo da Literatura Brasileira Contemporânea. Também conquistou um enorme público, tendo vendido até então mais de um milhão e meio de exemplates, enquanto é leitura obrigatória em vestibulares da USP, da PUC, da UFBA e da UFPA. O cineasta Nelson Pereira dos Santos realizou uma bem-sucedida versão homônima de Vidas Secas em 1963, reforçando aspectos atuais do país.

Fotos dos ensaios:





Video do ensaio:



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Auto da Barca do Inferno (2a. parte)



Esta obra tem dado margem a leituras muito redutoras, que grosseiramente só nela veem uma farsa. Mas se Gil Vicente fez a impiedosa das moléstias que corroíam a sociedade em que viveu, não foi para se ficar aí, como nas farsas, mas para propor um caminho decidido de transformação em relação ao presente.

Normalmente classificada como uma moralidade, muitas vezes ela aproxima-se da farsa; o que indubitavelmente fornece ao leitor é uma visão, ainda que parcelar, do que era a sociedade portuguesa do século XVI. Apesar de se intitular Auto da Barca do Inferno, ela é mais o auto do julgamento das almas.

Algumas fotos do ensaio no CEU:






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PS: Quem tiver a peça original, peço que me mande para postar. 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Auto da Barca do Inferno

Em 2010 os alunos do 2o. ano da Escola Estadual Francisco de Paula Conceição Júnior apresentaram como trabalho de conclusão do ano na matéria de Língua Portuguesa, com a ajuda de alguns professores e principalmente do professor de artes Valdemir, a apresentação das peças: Auto da Barca do Inferno, Vidas Secas, Capitães da Areia, Dom Casmurro e o Cortiço.

Tudo foi realizado pelos alunos, desde a leitura, o roteiro, o figurino, o cenário... os professores só cederam as aulas para os ensaios.

O 2o. A trabalhou o Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente.



Embora o Auto da Barca do Inferno não integre todos os componentes do processo dramático, Gil Vicente consegue tornar o Auto numa peça teatral, dar unidade de acção através de um unico espaço e de duas personagens fixas " diabo e anjo".
 
A peça inicia-se em um lugar imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno,e a Barca da Glória.
 
Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens:

  • um Fidalgo, D. Anrique;
  • um Onzeneiro (homem que vivia de emprestar dinheiro a juros muito elevados naquela época, um agiota);
  • um Sapateiro de nome Joanantão, que parece ser abastado, talvez dono de oficina;
  • Joane, um Parvo, tolo, vivia simples e inconscientemente;
  • um Frade cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença;
  • Brísida Vaz, uma alcoviteira;
  • um Judeu usurário chamado Semifará;
  • um Corregedor e um Procurador, altos funcionários da Justiça;
  • um Enforcado;
  • quatro Cavaleiros que morreram a combater pela fé.
Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória (embora este último permaneça toda a ação no cais, numa espécie de Purgatório), todos os outros rumam ao Inferno. O Parvo fica no cais, o que nos transmite a ideia de que era uma pessoa bastante simples e humilde, mas que havia pecado. O principal objetivo pelo qual fica no cais é para animar a cena e ajudar o Anjo a julgar as restantes personagens, é como que uma 2ª voz de Gil Vicente.
 
A presença ou ausência do Parvo no Purgatório aquando do fim da peça acaba por ser pouco explícita, uma vez que esta acaba com a entrada dos Cavaleiros na barca do Anjo sem que existissem quaisquer outros comentários do Anjo ou do Parvo sobre o seu destino final.


Este é um dos ensaios ...

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