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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Vidas Secas (2010)



Vidas Secas é um romance de Graciliano Ramos, escrito entre 1937 e 1938, publicado originalmente em 1938. O livro, narrado em terceira pessoa, aborda uma família de retirantes do sertão brasileiro condicionada a sua vida subumana, diante de problemas sociais como a seca, a pobreza, e a fome, e, consecutivamente, no caleidoscópio de sentimentos e emoções que essa sua condição lhe obriga a viver e a procurar meios de sobrevivência, criando, assim, uma ligação ainda muito forte com a situação social do Brasil hoje.

Durante o processo editorial do livro, Graciliano mostrou-se inteiramente cuidadoso com sua criação, frequentando a gráfica responsável pela elaboração do livro diversas vezes e examinando meticulosamente o material quando esse entrava no prelo, para ter a certeza que a revisão não interferiria em seu texto. Após sua publicação no Brasil em 1938, o livro circulou em território estrangeiro durante um bom tempo, sendo primeiramente lançado na Polônia e depois na Argentina, seguida por República Tcheca, Rússia, Itália, Portugal, França, Espanha e em outros. No Brasil, encontra-se em sua centésima sexta edição.

Por conta da consciência social que existe no conteúdo do livro, moldada através de uma estrutura dramática, o enredo tem sido analisado pelos críticos por meio da relação do homem com os meios naturais e sociais. De acordo com alguns especialistas, em Vidas Secas Graciliano contornou alguns estilos literários de sua época, o que lhe proporcionou pontos positivos no livro. Graciliano, por exemplo, foi cauteloso nas tradicionais ingerências do narrador opiniático e evitou o protesto ou o panfletarismo (que poderia usar, como outros autores da época, para criticar os aspectos sociais de seu país), o que certos críticos caracterizam como um "estilo seco, reduzido ao mínimo de palavras".

Vidas Secas figura entre os livros mais importantes da literatura brasileira, tendo ganhado, em 1962, o prêmio da Fundação William Faulkner (EUA) como livro representativo da Literatura Brasileira Contemporânea. Também conquistou um enorme público, tendo vendido até então mais de um milhão e meio de exemplates, enquanto é leitura obrigatória em vestibulares da USP, da PUC, da UFBA e da UFPA. O cineasta Nelson Pereira dos Santos realizou uma bem-sucedida versão homônima de Vidas Secas em 1963, reforçando aspectos atuais do país.

Fotos dos ensaios:





Video do ensaio:



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Auto da Barca do Inferno (2a. parte)



Esta obra tem dado margem a leituras muito redutoras, que grosseiramente só nela veem uma farsa. Mas se Gil Vicente fez a impiedosa das moléstias que corroíam a sociedade em que viveu, não foi para se ficar aí, como nas farsas, mas para propor um caminho decidido de transformação em relação ao presente.

Normalmente classificada como uma moralidade, muitas vezes ela aproxima-se da farsa; o que indubitavelmente fornece ao leitor é uma visão, ainda que parcelar, do que era a sociedade portuguesa do século XVI. Apesar de se intitular Auto da Barca do Inferno, ela é mais o auto do julgamento das almas.

Algumas fotos do ensaio no CEU:






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PS: Quem tiver a peça original, peço que me mande para postar. 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Auto da Barca do Inferno

Em 2010 os alunos do 2o. ano da Escola Estadual Francisco de Paula Conceição Júnior apresentaram como trabalho de conclusão do ano na matéria de Língua Portuguesa, com a ajuda de alguns professores e principalmente do professor de artes Valdemir, a apresentação das peças: Auto da Barca do Inferno, Vidas Secas, Capitães da Areia, Dom Casmurro e o Cortiço.

Tudo foi realizado pelos alunos, desde a leitura, o roteiro, o figurino, o cenário... os professores só cederam as aulas para os ensaios.

O 2o. A trabalhou o Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente.



Embora o Auto da Barca do Inferno não integre todos os componentes do processo dramático, Gil Vicente consegue tornar o Auto numa peça teatral, dar unidade de acção através de um unico espaço e de duas personagens fixas " diabo e anjo".
 
A peça inicia-se em um lugar imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno,e a Barca da Glória.
 
Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens:

  • um Fidalgo, D. Anrique;
  • um Onzeneiro (homem que vivia de emprestar dinheiro a juros muito elevados naquela época, um agiota);
  • um Sapateiro de nome Joanantão, que parece ser abastado, talvez dono de oficina;
  • Joane, um Parvo, tolo, vivia simples e inconscientemente;
  • um Frade cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença;
  • Brísida Vaz, uma alcoviteira;
  • um Judeu usurário chamado Semifará;
  • um Corregedor e um Procurador, altos funcionários da Justiça;
  • um Enforcado;
  • quatro Cavaleiros que morreram a combater pela fé.
Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória (embora este último permaneça toda a ação no cais, numa espécie de Purgatório), todos os outros rumam ao Inferno. O Parvo fica no cais, o que nos transmite a ideia de que era uma pessoa bastante simples e humilde, mas que havia pecado. O principal objetivo pelo qual fica no cais é para animar a cena e ajudar o Anjo a julgar as restantes personagens, é como que uma 2ª voz de Gil Vicente.
 
A presença ou ausência do Parvo no Purgatório aquando do fim da peça acaba por ser pouco explícita, uma vez que esta acaba com a entrada dos Cavaleiros na barca do Anjo sem que existissem quaisquer outros comentários do Anjo ou do Parvo sobre o seu destino final.


Este é um dos ensaios ...

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