Em 2010 os alunos do 2o. ano da Escola Estadual Francisco de Paula Conceição Júnior apresentaram como trabalho de conclusão do ano na matéria de Língua Portuguesa, com a ajuda de alguns professores e principalmente do professor de artes Valdemir, a apresentação das peças: Auto da Barca do Inferno, Vidas Secas, Capitães da Areia, Dom Casmurro e o Cortiço.
Tudo foi realizado pelos alunos, desde a leitura, o roteiro, o figurino, o cenário... os professores só cederam as aulas para os ensaios.
O 2o. A trabalhou o Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente.
Embora o Auto da Barca do Inferno não integre todos os componentes do processo dramático, Gil Vicente consegue tornar o Auto numa peça teatral, dar unidade de acção através de um unico espaço e de duas personagens fixas " diabo e anjo".
A peça inicia-se em um lugar imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno,e a Barca da Glória.
Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens:
- um Fidalgo, D. Anrique;
- um Onzeneiro (homem que vivia de emprestar dinheiro a juros muito elevados naquela época, um agiota);
- um Sapateiro de nome Joanantão, que parece ser abastado, talvez dono de oficina;
- Joane, um Parvo, tolo, vivia simples e inconscientemente;
- um Frade cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença;
- Brísida Vaz, uma alcoviteira;
- um Judeu usurário chamado Semifará;
- um Corregedor e um Procurador, altos funcionários da Justiça;
- um Enforcado;
- quatro Cavaleiros que morreram a combater pela fé.
Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória (embora este último permaneça toda a ação no cais, numa espécie de Purgatório), todos os outros rumam ao Inferno. O Parvo fica no cais, o que nos transmite a ideia de que era uma pessoa bastante simples e humilde, mas que havia pecado. O principal objetivo pelo qual fica no cais é para animar a cena e ajudar o Anjo a julgar as restantes personagens, é como que uma 2ª voz de Gil Vicente.
A presença ou ausência do Parvo no Purgatório aquando do fim da peça acaba por ser pouco explícita, uma vez que esta acaba com a entrada dos Cavaleiros na barca do Anjo sem que existissem quaisquer outros comentários do Anjo ou do Parvo sobre o seu destino final.
Este é um dos ensaios ...
...
huhu!!
ResponderExcluirMinha querida amiga,militante e professora!!
Parabéns pelo trabalho.
Pauleany Linhares
Valeu, Paulinha!!!!
ResponderExcluirEstamos todos juntos nessa luta!!!!!!!!!